Os ministros do STF Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski protagonizaram um arranca-rabo no plenário.
Tudo começou quando Gilmar pediu mais tempo para analisar uma ação em que já havia votado. Diante da situação, Lewandowski pediu licença para um comentário maldoso:
Em latim, a expressão "data venia" — muito usada no direito — significa "com todo o respeito".
Antes mesmo de a presidente do STF, Cármen Lúcia, dizer a Lewandowski que o pedido é permitido pelo regimento, o próprio Gilmar — que não foi filmado pela TV Justiça durante a briga — rebateu a maldade do coleguinha com outra gentileza:
Lewandowski, é claro, não deixou por menos:
E ainda completou:
A essa altura do campeonato, o plenário do Supremo Tribunal Federal já havia se transformado em um bate-boca aberto entre os eminentes ministros. Foi aí que Gilmar trouxe à tona outro assunto polêmico: o impeachment de Dilma Rousseff.
O ministro deixou de lado as indiretas e mandou a seguinte frase a Lewandowski, que presidiu o final do processo contra Dilma no Senado Federal — à época, o ministro presidia o STF:
Foi a senha para as câmeras da TV Justiça pararem de dar closes nos ministros — que continuaram brigando anyway.
O seguinte diálogo se seguiu:
Lewandowski — No Senado? Basta ver o que vossa excelência faz diariamente nos jornais. Uma atitude absolutamente, ao meu ver, incompatível...
Gilmar — Faço inclusive para reparar os absurdos que vossa excelência faz...
— Absurdos, não. Vossa excelência retire o que disse porque isso não existe. Vossa excelência está faltando com o decoro...
— Não retiro.
— ...não é de hoje. E eu repilo...
— Não retiro.
Foi nesse ponto que Lewandowski cunhou a frase que encerrou a discussão:
