Nesta quarta (31), o jornal Diário Catarinense noticiou o assassinato do delegado Adriano Antonio Soares, morto a tiros em uma boate em Florianópolis, com o seguinte título:
Outros veículos repercutiram a notícia adotando o mesmo tom.
Logo, teorias conspiratórias sobre o caso tomaram a internet.
Afinal, não era difícil ligar os pontos.
Até políticos, como a ex-deputada e candidata à Presidência Luciana Genro (PSOL-RS), ajudaram a alimentar a boataria.
Mas a PF divulgou uma nota na tentativa de controlar os boatos e explicar que a notícia, afinal, estava ERRADA.
"A PF esclarece que o inquérito que apura o caso encontra-se em Brasília, presidido por outro delegado, e apenas foi registrado em Angra dos Reis (RJ), local do fato", diz o texto.
Em outras palavras, o delegado morto não "comandava" o inquérito sobre a morte de Teori, como publicou inicialmente o Diário Catarinense. Na verdade, ele apenas abriu o inquérito.
O jornal de Santa Catarina mudou o título da reportagem:
Soares, 47 anos, foi morto junto com o colega Elias Escobar, 60, que também era delegado da Polícia Federal. Eles estavam na cidade para um treinamento.
Segundo informações da polícia, os dois foram mortos a tiros em uma boate, após uma discussão com o dono de uma barraca de lanches — que também levou um tiro, mas não corre risco de morte.
Leia a íntegra da nota da PF.
A Polícia Federal lamenta a morte de dois delegados, ocorrida na madrugada de hoje (31/05) em Florianópolis/SC. Os dois atuavam em Angra dos Reis e Niterói, respectivamente, e estavam na cidade participando de uma capacitação interna.
O falecimento dos policiais decorreu de uma troca de tiros em um estabelecimento na capital catarinense.
Neste momento de imensa tristeza, a Polícia Federal expressa suas condolências e solidariedade aos familiares e amigos enlutados.
Sobre informações que relacionam um dos policiais mortos à investigação do acidente aéreo que vitimou o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, a PF esclarece que o inquérito que apura o caso encontra-se em Brasília/DF, presidido por outro delegado, e apenas foi registrado em Angra dos Reis, local do fato.