Líder do governo e um dos senadores mais influentes do Congresso, Romero Jucá (PMDB-RR) foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República nesta segunda-feira (21) por supostamente integrar um esquema de vendas de medidas provisórias.
Ele também foi citado por delatores da Lava Jato, mas a denúncia de hoje está relacionada à operação Zelotes. O caso tramita em sigilo no Supremo Tribunal Federal e tem como relator o ministro Ricardo Lewandoswki, responsável pelos inquéritos da Zelotes.
Essa operação começou investigando um esquema de empresas que pagavam conselheiros do Carf, o Conselho de Administrativo de Recursos Fiscais. Depois, os investigadores passaram a apurar o interesse dessas empresas em supostamente comprar medidas provisórias.
Jucá é investigado pela atuação em favor do grupo Gerdau. O advogado do senador, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse que de fato Jucá se encontrou com Gerdau porque é sua obrigação lidar com grandes representantes da indústria.
Para Kakay, a PGR criminaliza a política.
"Jucá falou com Gerdau como representante do setor e ele líder do Senado. Ele fala com todos os setores da economia e não há indícios de contrapartida. O posicionamento é claro pela criminalização da política. Jucá cumpria rigorosamente com sua obrigação", diz o advogado.