• newsbr badge

Futuro ministro da Defesa de Bolsonaro estava ao lado de Collor quando impeachment foi assinado

Então ajudante de ordens de Collor, o general da reserva Fernando Azevedo e Silva também foi chefe do Estado Maior do Exército e estava atuando como assessor especial do presidente do STF, Dias Toffoli.

Anunciado nesta terça-feira como próximo ministro da Defesa pelo presidente eleito Jair Bolsonaro, o general da reserva Fernando Azevedo e Silva já esteve próximo da Presidência da República anteriormente.

Então major do Exército, foi ajudante de ordens de Fernando Collor quando ele era presidente e estava ao lado do mandatário quando Collor assinou a notificação de seu impeachment e foi afastado para responder ao processo fora do cargo.

Azevedo e Silva também participou da caminhada, transmitida ao vivo, ao lado de Collor quando ele deixou o Executivo e se tornou o primeiro presidente a ser derrubado desde a redemocratização.

No Exército, Azevedo e Silva coleciona cargos e títulos, tendo sido cotado para comandar a Força como sucessor do general Villas Bôas, o que não aconteceu porque o ingresso na reserva chegou antes.

No currículo, Azevedo e Silva já foi assessor parlamentar do Exército e fez a ponte entre a caserna e o Congresso Nacional.

Também foi chefe do Estado Maior do Exército, do Comando Militar do Leste esteve à frente da Autoridade Pública Olímpica no governo Dilma Rousseff.

Recentemente, foi escalado pelo presidente do STF, Dias Toffoli, para ser seu assessor especial.

A contratação foi controversa. Parte do Supremo apoiou o ato por entender que era necessária a interlocução do Judiciário com as Forças Armadas, num contexto de ascensão de um capitão reformado — Bolsonaro — à Presidência da República.

Outro grupo considerou temerária a indicação, por acreditar que não fazia parte da tradição da corte o posto de assessor para assuntos militares.

Briga por espaço

A indicação de Azevedo e Silva para o Ministério da Defesa também encerra uma disputa dentro das Forças Armadas, já que a Marinha também brigava pelo espaço.

Na semana passada, em meio à disputa, o presidente Bolsonaro chegou a falar que a pasta seria destinada a um general de quatro estrelas, podendo ser do Exército, Marinha ou Aeronáutica.

Na guerra interna, o Exército alegava que, diferentemente da Marinha, que era mais simpática à eleição do tucano Geraldo Alckmin, os verde-olivas sempre defenderam o capitão reformado.

Entre esses defensores estava também o futuro ministro da Defesa, que chegou a participar de um grupo de formulação de propostas para Bolsonaro e ofereceu um almoço ao amigo e vice-presidente, Hamilton Mourão (PRTB).

Utilizamos cookies, próprios e de terceiros, que o reconhecem e identificam como um usuário único, para garantir a melhor experiência de navegação, personalizar conteúdo e anúncios, e melhorar o desempenho do nosso site e serviços. Esses Cookies nos permitem coletar alguns dados pessoais sobre você, como sua ID exclusiva atribuída ao seu dispositivo, endereço de IP, tipo de dispositivo e navegador, conteúdos visualizados ou outras ações realizadas usando nossos serviços, país e idioma selecionados, entre outros. Para saber mais sobre nossa política de cookies, acesse link.

Caso não concorde com o uso cookies dessa forma, você deverá ajustar as configurações de seu navegador ou deixar de acessar o nosso site e serviços. Ao continuar com a navegação em nosso site, você aceita o uso de cookies.